quinta-feira, 7 de abril de 2011

E agora sou Eu que vou pagar a crise?

Começo por esclarecer que pouco entendo de Economia e que os meus antigos professores de Matemática podem atestar que as contas nunca se deram bem comigo. No entanto, acompanho com preocupação as notícias que dão como certo o resgate de Portugal pelo "temível" FMI.

Só oiço falar em cortes drásticos. Em empresas públicas que não têm sustentabilidade e que só alargam o buraco das contas públicas. Oiço também as referências a certos Institutos que só serviram para criar "jobs for the boys" e outros que fazem falta mas onde há directores e administradores a mais. Nos últimos anos o Estado português viveu como um multimilionário. Viveu como se o dinheiro por cá estivesse num poço sem fundo e sem perigo de terminar. Os Bancos, que hoje reclamam apoio e mais atenção, venderam dinheiro a quem não o podia comprar e, eles próprios, são os grandes responsáveis pelo crédito mal parado. Noutro tempo, perseguiam as pessoas para lhe venderem dinheiro e apelavam ao sentido consumista de cada um de nós. Nesse tempo, dinheiro nunca faltou e havia para quem quisesse.

Na Agricultura, um sector sempre desprotegido, pagou-se para não se trabalhar. Hoje, poderia ser uma das tábuas de salvação. Nas cidades, toda a gente se quis tornar empresário e...o Estado permitiu e ajudou. Abriram centenas de lojas, cafés e afins. Os negócios sem viabilidade provocaram mais dívidas e mais crédito mal parado. Tivemos (e ainda temos) um Chefe de Governo teimoso. Até a teimosia tem limites. Falar ainda hoje na construção do TGV só pode ser brincadeira de muito mau gosto. Demitir-se e querer ser eleito, depois de tudo o que se passou, só atesta que a algo não está ainda bem explicado. É mais que provável que nem sempre se disse a verdade aos portugueses.

Agora vem o resgate e depois virá o FMI mandar no país. Seremos todos prejudicados e quem vive mal vivierá ainda pior, ninguém duvide. Quem tomou essas decisões, levando o país para o estado em que se encontra, será pouco prejudicado. Os cortes salariais que sofrerão não os meterão a contar os euros para chegarem ao fim do mês.

O "Eu", que está no título deste artigo, não simboliza apenas eu próprio, mas também os portugueses que têm trabalhado nos últimos anos, têm pago os seus impostos, têm cumprido as suas obrigações para com o Estado e que agora vão pagar a crise. Já se percebeu que será a classe média/baixa a arcar com todas as asneiras que a Banca e o Governo fizeram. Já percebemos também que seremos nós a pagar esta crise que outros, de forma irresponsável e apenas olhando para os seus interesses, provocaram. São os jovens que agora estão a sair das universidades, e que não terão onde exercer a sua profissão, que pagarão também pelas asneiras dos outros. Os que isto provocaram, sairão chamuscados a nível político e social mas com a vidinha encaminhada e um futuro garantido para os descendentes. É triste e preocupante mas é verdade. Só temos uma sáida: aceitar e (sobre)viver.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Lição do António

António Pisco "é a capa" do E desta semana. A história da sua vida emociona. Como é possível alguém ter tantas contrariedades na vida e passar com distinção?
O António tem muita força. Tive a sorte de ser da sua turma e conhecer este ser humano fantástico. Esta é uma entrevista para ler mais que uma vez....

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Intervalo...para escrever

Entre dois textos pode-se fazer um intervalo...para escrever. Faz bem, acreditem. Quando escrevo notícias ou reportagens tenho de me preocupar em ser rigoroso, em cumprir as regras e objectivos. Quando escrevo aqui, no Facebook ou no Twitter, tudo muda. Parece que sai um peso de cima e, acreditem, sai mesmo, é o peso da responsabilidade. Aqui escrevo eu mesmo. Aqui sou como sou e sabe bem.
Usem e abusem dos blogs e das redes sociais para dizerem o que pensam. Usem e abusem destas ferramentas para influenciarem opinião. Não o façam nos jornais com a capa de jornalista. É feio...

domingo, 6 de fevereiro de 2011

De volta...agora a sério

O tempo não é muito e acabamos por deixar coisas para trás. Assim aconteceu com este blog. Ele merece e merecia mais atenção. Fica o convite.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Paulo Bento...

Frontalidade. Foi isto que Paulo Bento mostrou na sua primeira conferência de imprensa como seleccionador de Portugal. Espero que assim se mantenha. Espero que esteja bem longe de interesses de empresários. Espero que leve Portugal ao Europeu. Espero também, acreditem, que se saiba munir das pessoas certas. O Paulo está de volta. Todos queremos um regresso feliz...

De volta...

Não foi por nenhuma razão em especial. Simplesmente fui adiando o próximo post e passou muito tempo. Agora apeteceu-me. Nem sei porquê. Sem obrigações nem prazos, os escritos vão aqui voltar a aparecer...

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Empurrões...

Começo por esclarecer que Alemanha e Argentina foram melhores. Sim, apesar do que aconteceu, foram melhores que os seus adversários. No entanto, e é preocupante, ambas levaram um pequeno mas importante empurrão. O "golo" de Lampard não tem discussão. Até de frente se vê. O que estava a fazer o árbitro auxiliar?
O primeiro golo da Argentina é, também ele, um escândalo. Sim, um escândalo. É este o melhor adjectivo para classificar o que aconteceu. Diz a lei 11, a lei do off side, que para estar em posição regular um jogador tem que ter, na altura do passe, dois jogadores adversários entre ele e a linha de baliza. Tevez nem um tinha. O auxiliar não viu? Enfim...
Agora, há uma coisa que me preocupa: Será que a Espanha, campeã da Europa em título, também vai levar um empurrão?

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Faltou Quase Tudo...

Faltou ousadia? Sim. Faltou coragem? Sim. O empate com a Costa do Marfim é perigoso? Muito. Portugal entrou a empatar. Uns dizem que ganharam um ponto, outros dizem que se perderam dois. Eu, para ser sincero, acredito mais na segunda hipótese.
Portugal jogou pouco, muito pouco. Arriscou-se pouco e, quando assim é, também se ganha pouco. Queiroz, já percebemos, é um técnico conservador. Penso mesmo, que o professor ainda não se apercebeu que foi quase obra do divino Portugal estar no Mundial.
Há muito a mudar. Mesmo muito. Simão tem de jogar de início. Não havendo Nani, Simão dá garantias ofensivas e defensivas. Ontem, devido à sua condição de suplente, entrou sem confiança e com medo de ter a bola. Paulo Ferreira não pode jogar. Está claramente sem ritmo. Que jogue Miguel ou, então, Amorim nessa posição. Encostar Deco a uma linha é brincar ao futebol. Deco é um dos últimos nº10, tem de jogar no meio. Liedson não pode fazer milagres frente a rapazes quase com o dobro do seu tamanho. Era claramente um jogo para Hugo Almeida.
Estes foram, a meu ver, alguns dos pecados de Queiroz. Contra a Coreia do Norte, Portugal terá de jogar muito mais. Os coreanos mostraram, frente ao Brasil, que estão com pouca vontade de serem os “patinhos feios” ou os “bombos da festa”. Ou Portugal marca cedo ou pode cair onde menos espera.
Portugal, quero ver-te ganhar na próxima segunda-feira…

terça-feira, 11 de maio de 2010

Os amigos do Carlos...

Está divulgada a convocatória. Já são conhecidos os amigos do Carlos. Depois de a analisar, tenho as seguintes dúvidas que pode ser que o professor um dia esclareça:
- João Moutinho foi convocado, se não estou em erro, para todos os jogos da qualificação. Qual a razão de não servir para o Mundial?
- Quim é o guarda-redes campeão de Portugal. Jogou todos os jogos da Liga e fez uma época bastante aceitável. Nâo será um dos três melhores portugueses? Serão Beto e Daniel Fernandes melhores? Estes dois dão garantias em jogos "a doer"?
- Para quê tantos extremos? Simão, Ronaldo, Nani e o próprio Coentrão não eram suficientes? O que vai Danny fazer à Africa do Sul?
- Nuno Gomes não serve? É certo que não tem jogado mas, se fossemos retirar os que não têm jogado habitualmente, reduziriamos a lista.
- Ruben Amorim não faz falta? Pode jogar a defesa direito e faz praticamente todas as posições no meio-campo. Está em forma e motivado. Não acha?
- Se Deco for castigado ou se lesionar quem joga na posição 10? Carlos Martins não será um substituto à altura? É que ele atravessa o melhor momento da carreira e teve um papel preponderante no título do Benfica.
- Zé Castro é para jogar onde?
- Ah, e já agora, o Ricardo Costa ainda joga?

domingo, 9 de maio de 2010

O tudo ou nada...

Escrevo estas linhas na madrugada de sábado para domingo. Daqui a pouco, às 18 horas, começa na Luz o jogo que vai definir toda uma época. Sim, não há volta a dar, a época do Benfica só será positiva se for campeão. É certo que há muitos anos que não via o Benfica jogar desta forma mas, se este pequeno passo não for dado, tudo irá "por água abaixo".
No entanto, é justo dizer, este Benfica já devia ser campeão. Por vários factores, tal não pôde acontecer e esses mesmo factores podem adulterar toda uma época. De longe, o Benfica foi a melhor equipa este ano e, se não conquistar o titulo, será uma tremenda injustiça.
Há, claramente, uma campanha para provocar "um golpe de teatro" e levar o Braga à vitória. Se o Braga fosse campeão, isso seria um "mal menor" para outros que, não conseguindo eles triunfar, desejam que o Benfica também não o consiga. Tudo isso é normal e não me espanta. Espanta-me sim, e isto tenho de o dizer, a passadeira vermelha que tem sifo colocada ao Braga.
Só um grande Benfica tem evitado que o Braga já fosse campeão. Ainda no último jogo, quando parecia que os arsenalistas não tinham argumentos para vencer o Paços, lá apareceu um golo caído do céu e em fora de jogo. Antes disso, penso que frente ao Marítimo, o golo da vitória do Braga nasce a partir de uma jogada que já tinha colocado a bola fora. Ninguém disse nada, tudo normal...
Agora, amanhã, é Jorge Sousa que dirige o jogo. Xistra estará no Funchal. Os benfiquistas que não pensem que são "favas contadas" e que amanhã haverá festa rija de certeza. Acredito (e dita a lógica) que o haja mas, acreditem, é preciso um grande Benfica para um final feliz...

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Obrigado JCC...

A entrevista deixada por JCC ao Brados, apesar de inundada de falsidades, descola totalmente o nosso E do ECOS e da Inoval. Para quem tinha dúvidas, aqui está a prova. Para as poucas pessoas que ainda possam acreditar no que esse senhor disse, aqui fica a situação esclarecida pelo Pedro Soeiro: http://estremosoeiro.blogspot.com/2010/04/joao-carlos-chourico-mentiu-com-os.html.
A vontade que têm de fazer o ECOS, também é, para nós, muito positivo. Assim, os mais cépticos percebem que o nosso projecto é mesmo novo e completamente independente e plural. Obrigado JCC...

sábado, 17 de abril de 2010

Estremoz está mais pobre...

Não acompanhei de perto a vida do Sr. José Costa. Aquilo que sei, foi-me contado por alguns amigos e conhecidos que várias vezes ouvi elogiar a sua conduta. Não convivi com ele de perto mas, pelo que me disseram, penso que se tratava de um homem que pensava nos outros antes de pensar em si.
Quero agradecer-lhe o que fez pelo "meu" CF Estremoz. Assisti, por diversas vezes, a Assembleias Gerais de um clube em que ninguém parecia querer pegar mas que ele nunca abandonou. Estremoz está mais pobre. Obrigado Sr. José Costa...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Pesadelo em Anfield Road...

Aquilo que poderia ser uma noite mágica para o Benfica acabou transformada numa noite de pesadelo.Culpar o árbitro não é justo. O primeiro golo "red" é mais que legal, o que não foi "legal" foi a abordagem de um guarda-redes sem estofo para estas andanças. Como diz o Record na sua capa de hoje, "Jesus também peca" e o de ontem "pecou" bastante. Sidnei não tem rotinas. Aimar ao lado de Cardozo foi uma nulidade. Martins saiu quando Ramires é que estava esgotado. A tudo isto, podemos juntar alguma arrogância com que o Benfica encarou o jogo e que acabou por permitir ao adversário jogar em contra-ataque.
Mas, é bom referir, agora é fácil dizer que o treinador errou aqui ou ali. Tenho a certeza de que o "mestre da tática" pensou fazer o melhor para o Benfica e acreditava ser esta a forma de vencer a eliminatória. Não o foi. Paciência...

quarta-feira, 31 de março de 2010

As entrevistas...

Ontem vi parte das entrevistas. Luís Filipe Vieira falou mais do que devia e Pinto da Costa despejou o seu ódio ao Benfica.
Vieira disse que Jesus "é para muitos e muitos anos". Já sabemos que, no futebol, isso não existe. Já, para ele, Camacho, Fernando Santos e Koeman também eram para muitos anos. Assim, o presidente mais uma vez deixou levar-se pelo actual bom momento da equipa e disse o que não devia. Também Vieira, desmistificou o que, pelo menos para mim, era uma certeza: o papel de Rui Costa neste sucesso. Segundo o presidente, Rui Costa está em fase de aprendizagem e tem sido ele próprio a estar perto da equipa, tendo, por isso mesmo, um contacto bastante próximo com Jesus.
Pinto da Costa pouco mais fez do que mostrar o seu ódio pelo Benfica. Dizer que se Hulk não tivesse sido castigado as contas hoje em dia eram outras, tem tanto de subjectivo como de arrogante até porque, com sabemos, em Braga e na Luz, Hulk jogou e o Porto perdeu. Em nenhum momento Pinto da Costa admitiu a superioridade do Benfica esta época, atribuindo o sucesso dos encarnados a questões menos lícitas. Até na questão das demissões da Liga, Pinto da Costa mentiu. Disse que Herminio Loureiro tinha aconselhado Ricardo Costa a demitir-se mas, como se esperava, isso não aconteceu. Herminio Loureiro, como se esperava, já hoje desmentiu Pinto da Costa e disse que foi ele próprio a pedir a Ricardo Costa para se manter. Por tudo isto, percebemos que não é só a equipa de futebol do FC Porto que anda a perder qualidades, o seu presidente também...

segunda-feira, 29 de março de 2010

À mesma hora...

Amanhã, à mesma hora e em canais diferentes, Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira são entrevistados na TV. Na SIC será Miguel Sousa Tavares que entrevistará o presidente do Benfica e o presidente do Porto terá Judite de Sousa como entrevistadora na RTP.
Tudo isto para mim estava bem. No entanto, só não aceito que as entrevistas decorram à mesma hora até porque, naturalmente, teria interesse em assistir às duas. Para tentar perceber a intenção, só falta entender uma coisa: Se as televisões entraram na "guerra" do futebol ou se, por outro lado, foi o futebol que entrou na "guerra" das audiências...

quinta-feira, 25 de março de 2010

A minha saída do Ecos...

Fechei um ciclo. Acreditei no projecto e nele me envolvi, como em tudo, de corpo e alma. Não vou por aqui dissecar as razões que me fizeram deixar o cargo de editor de desporto deste jornal mas, acreditem, merecia mais respeito. Saí por minha iniciativa, acompanhando também o director da publicação e o chefe de redacção. De tudo, nesta vida, temos de saber aproveitar a parte positiva. Eu aproveitei. Aprendi bastante e por isso acho que valeu a pena...

sexta-feira, 12 de março de 2010

Curto, mas justo...

Foram curtos os resultados da Liga Europa. O Benfica poderia ter vencido mas, sejamos justos, o Marselha não merecia perder. A equipa francesa fez bem o trabalho de casa e neutralizou os pontos fortes do Benfica. Claro que se a "bomba" do Ramires tem entrado a conversa era outra mas, verdade seja dita, o Marselha teve oportunidades para matar o jogo e a eliminatória. O empate deixa tudo em aberto pois, como temos visto, o Benfica tem marcado em quase todos os campos.
Quanto ao Sporting, penso que acabou por fazer um bom resultado. Também aqui, tudo está em aberto mas, atenção, o Atlético é mais poderoso fora de casa e os seus homens mais avançados, a jogarem em contra-ataque, merecem todo o respeito. ..

quarta-feira, 10 de março de 2010

Jornalista preso aos fins-de-semana...


Miguel Alvarenga, director do jornal "Farpas", passa os fins-de-semana na prisão. Entra aos sábados às 9 e sai domingos às 21 horas.O "crime" pelo qual foi condenado tem a ver com "abuso de liberdade de imprensa".


Fica a reportagem do DN para que tirem as vossas conclusões...


Vendaval em Londres...

O Porto foi goleado, é verdade. Merecia tal humilhação? Não.
Há comentadores que alinham por discursos que eu, defendendo o pragmatismo, não entendo. O facto de o Porto ter perdido, e por números contundentes, nas últimas incursões pelo Estádio do Arsenal, não justifca que os jogadores e treinador entrem no jogo da forma como entraram ontem.
O Arsenal é muito forte do meio-campo para a frente mas, também é verdade, a defesa do Porto é forte e não costuma facilitar. Para mim, o jogo foi inclinado devido a dois factores: Fucile e Nuno André Coelho. Se o primeiro é sempre opção e teve uma noite para esquecer, o segundo foi uma autêntica invenção de um treinador que cada vez mais perde o seu espaço. Dar duas de avanço ao Arsenal no seu estádio, foi o xeque-mate para uma equipa que está claramente insegura.
Também foi evidente, e espero que isso acabe com a ideia que estão a querer passar de que o castigo de Hulk tira o título ao Porto, que o brasileiro é um a menos neste tipo de jogos pois pensa ser capaz de os resolver sozinho. A exibição do brasileiro, colocou completamente a nú a sua inutilidade quando se tenta jogar de forma colectiva...

sexta-feira, 5 de março de 2010

Crianças solidárias...

De 8 a 31 de Março, o Jardim de Infância de Santa Maria, de Estremoz, vai levar a cabo uma recolha de bens essenciais para ajudar as vítimas da Madeira. Alimentos enlatados, roupas e comida para bebé e outos bens de primeira necessidade podem ser entregues no Regimento de Cavalaria de Estremoz.
Este é mais um exemplo de cívismo e de preocupação com o próximo que este jardim de infância apresenta depois do sucesso alcançado com a recolha de roupas, livros e brinquedos para as crianças do IPO de Lisboa.
Agora é só contribuir...

quinta-feira, 4 de março de 2010

Nuno Gomes...



Permitam-me que fale de um jogador de que particularmente gosto. Nuno Gomes é, para mim, um dos grandes jogadores do futebol português. Sei que o que aqui afirmo está longe de ser consensual e que há muita gente, incluíndo benfiquistas, que não partilha desta minha opinião e "carinhosamente" apelida o Nuno de "Maria Amélia".


O Nuno Gomes não é um jogador completo, muito longe disso. Nos últimos anos, no Benfica, parece que todos os que chegam são melhores que ele. Também na selecção, parece ter perdido o seu espaço de indiscutível e de capitão de equipa (esse cargo que foi agora dado ao experiente e líder Cristiano Ronaldo, passando-se por cima dos caloiros Simão e Ricardo Carvalho). No entando, por exemplo esta época, sempre que é chamado o Nuno cumpre. A ultilidade do Nuno é impressionante e há poucos a ler o jogo em Portugal como ele. Mesmo na selecção, defendo que a sua forma de jogar seria de uma grande utilidade pois, como sabemos, são tabelas curtas com os médios ofensivos a sua grande arma. Acredito que o Nuno Gomes vai ser chamado para o Mundial, mas devo ser o único...

segunda-feira, 1 de março de 2010

De volta...

Há três semanas que por aqui não escrevia. Essa ausência nada tem de especial, nem interessa dissecar. Apesar de não ter escrito, andei a ler outros blogues que normalmente me prendem a atenção, uns porque me agradam e outros porque me fazem rir. Aqui, o "fazer rir" não significa divertimento. Significa que até o ridículo tem limites. Não vou citar exemplos pois não é essa a minha forma de estar. Penso que cada um é livre de dizer e escrever o que quer e cada um só ouve e lê se quiser. No entanto, queria, neste post, abordar o que para mim é o conceito de blog. Ter um blog significa ter voz e emitir opiniões. Não estando ligados a qualquer código deontológico ou algo que se pareça, os administradores dos blogues, principalmente os anónimos, gozam de uma liberdade singular. Se os orgãos de comunicação social estão obrigados a cumprir certas regras na hora de informar, os bloggers, bem dizendo, fazem o que querem. Depois, cabe a quem lê decidir se acredita ou não pois, para mim, a grande diferença está na credibilidade que damos ao que lemos.
Há vários tipos de blogues e cada blogger poderá ter a sua motivação. Bem usados, os blogues são, sem dúvida, uma lufada de ar fresco. Usados para vaidades pessoais, para achincalhar outros ou para promover o que não deve ser promovido, podem ser aquilo que muitos hoje são: desnecessários...

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

O artigo de Mário Crespo...

Aqui fica o artigo que foi vergonhosamente censurado a Mário Crespo. Não interessa a cor. Não interessa se é verdade ou não. Interessa sim que, ao contrário do que nos fazem crer, o 25 de Abril pouco mudou no jornalismo em Portugal. Há gente que tem muitos problemas em conviver com um jornalismo livre...
O Fim da Linha
Mário Crespo
Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Frutas com fartura...

Esta semana fica inevitávelmente marcada pela fruta:"Fruta para dormir" e as duas frutas que o Liedson levou na cara.
No caso da primeira fruta, confesso que nada me espantou o que tive a oportunidade de ouvir no You Tube. O que ouvimos, é só uma pequena parte daquilo que se passa mas, verdade seja dita, ficámos todos a entender melhor como é que as coisas se processam em Portugal. Há pouco mais para perceber, quando quem nomeia os árbitros liga para o presidente de um clube a perguntar se o árbitro A ou B agrada ou não. Há pouco mais para entender quando um vogal do Conselho de Arbitragem liga a um presidente de um clube desculpando-se pelos "erros" de um árbitro auxiliar e prometendo nomear outros mais dentro do tão gozado sistema.
Quanto às outras frutas, as que Liedson teve a oportunidade de apanhar, penso que pouco há a dizer. Sá Pinto "passou-se" mais uma vez e teve o azar de ser com o jogador mais influente da equipa leonina. Se fosse com outro jogador, saiam os dois, ou não saía nenhum...