terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O menino de oiro...


Nem sempre tratamos bem os nossos, nem sempre damos o devido valor a quem nos deu muitas alegrias.
Custou-me quando saiu do Benfica, a forma como deixou o clube foi pouco digna se olharmos para aquilo que deu à instituição. Era fácil em certa altura criticar o João Pinto e o seu ordenado, era fácil culpar o número 8 pelos desaires de uma equipa que Artur Jorge, Damásio e posteriormente Vale e Azevedo tronaram ridícula.
Ele carregou o Benfica às costas em certas alturas, alturas em que as pseudo - estrelas tinham vindo do Boavista e davam pelo nome de Nelo e Tavares.
Até na saída teve categoria, não cuspiu no prato onde comeu e apesar de ter ido para o eterno rival sempre disse não estar magoado com o clube mas sim com quem o dirigia na altura.
Foi para o Sporting e em boa hora para ele, aí viveu grandes momentos sendo até campeão nacional e sendo considerado pela crítica um dos grandes obreiros desse feito.
Voltou ao Boavista como forma de gratidão por tudo o que esse clube fez por ele, não foi muito feliz mas mais uma vez a dignidade foi a sua bandeira. Foi depois para Braga, também não foi aí muito feliz, mas diz-se que era rei e senhor desse balneário, talvez Rei demais para treinadores inseguros.
Agora, depois de tantos anos ao mais alto nível, sai na altura certa, não se quer arrastar pelos nossos estádios e quer ser lembrado como indiscutível em qualquer plantel, não quer ser recordado como suplente de Wender.
Parece que só lhe faltou jogar pelo clube que dizem que sofria em pequeno, ainda bem, essa punhalada não sei se aguentava...

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